quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


hoje tive tempo para poder-me deitar e conseguir pensar, relacionar pensamentos, organizar a minha cabeça. Como estava cansado, deixei-me levar com o conforto da minha cama, estava quente não haveria de resistir com o frio que tem estado nestes dias. Fechei os meus olhos com o objectivo de poder navegar noutro mundo, queria estar num lugar diferente, no meu sono estava a procura de um lugar sossegado e tranquilo, sobretudo acochedor. No meio de um trubilão de pensamentos, a minha cabeça só estava vidrado num deles. Era esquesito, dava vontade de entrar nele e explorar o que nunca ninguém tinha feito, continuei passo a passo a descobrir qual pensamento a minha cabeça me tinha levado. Mesmo lá ao fundo, um tipo de horizonte com o tom de azul estava a ficar cada vez mais perto, quando me apercebi dessa aproximidade começei a correr o mais depressa possivel chegando ao final da meta. Era uma linda praia, o Sol nesse dia era enorme, o calor era em abundancia. Passei daquele lugar estranhissimo para algo familiar. Continuei a caminhar, até que os meus pés descalços sentisem os altos e baixos da areia.
Olhei para longe avistando um monte de pessoas, caminhei com um ritmo acelerado para as alcançar, até que por estranho que pareça olhei para trás, e um flash de memórias invadiu-me o cerbero e (zappppppppp) num estalar de dedos já estava no meio da multidão, olhei para cada rosto para tentar detectar alguém conhecido. Até que lá estava EU em frente a MIM de modo a ver-me, a passear perto do mar, com um rosto bastante curioso, parei e pensei para mim:
- o que raio estava eu ali, aquela hora, naquele momento com um ar de perdido? continuei questionando-me até que impossivel que pareça consegui ler o que eu naquele momento estava ali a fazer. Resumindo: naquele dia, aquela hora, naquele sítio eu estava lá presente com um objectivo ao qual se não encontrasse o que pretendia acabaria com esperanças alheias e dava com tudo terminado. Por estranho que pareça segui-me para ver onde me levava. olhei para mim e estava completamente perdido no olhar, o meu andar era torto e inseguro... Mais longe a praia tinha terminado e o supostamente eu desapareceu. Agora estava sozinho, com um estinto deitei-me sobre a areia molhada das ondas. olhei para o ceu azul e brilhante e disse: valeu apena ter vivido desilusões e mais importante termos sofrido por erros estupidos? a resposta seria um não mas um não (ENORME). por estupido que pareça eu respondia um sim, pois foi com desilusões e com o sofrer que aprendi a amar. ♥